Da rua: olhares sobre histórias da literatura brasileira
(Projeto 304678/2007-4, aprovado pelo CNPq em fevereiro de 2008)Pesquisadora: Ivete Lara Camargos Walty
Bolsistas de IC: Iara Fonseca de Souza e Luciana Dias de Moura
Resumo: A partir do conceito de passagens, de Walter Benjamin (2006), pretende-se delinear, na narrativa urbana brasileira, uma história da rua, tomada como um conceito que varia no tempo e no espaço, conforme a concepção urbanista que a rege, que, por sua vez, associa-se às relações político-econômicas de cada época.
A autora americana Jane Jacobs (2003), por exemplo, questionou o modernismo no início dos anos 60, ressaltando a idéia de rua como espaço do encontro e da diversidade e não apenas de circulação, como a viam os urbanistas modernos, a exemplo daqueles que projetaram Brasília. Jane Jacobs também lembrou a todos que uma rua segura não é aquela que está cheia de muros e grades, mas a que está cheia de gente, perto o suficiente para escutar o que ali acontece.
É a partir dessa idéia da rua como um possível espaço de trocas culturais que se intenta analisar suas configurações presentes em diferentes momentos da narrativa urbana brasileira.
Por isso mesmo, além dos conceitos de passagens e de rua, buscam-se, como conceitos mediadores, aqueles de espaço público, transculturação e multiculturalismo, sempre associados à questão da pobreza ou da exclusão social. A imagem da rua como espaço físico-geográfico e político-social será ainda alargada para o exame da construção da própria história da literatura brasileira como uma possível via (ou vias) de circulação de textos diversos, levando em conta seu contexto de enunciação e recepção. Explique-se: será examinado o tratamento que a história da literatura dá às obras analisadas com as possíveis referências à rua como espaço público de intervenção política e social.
A autora americana Jane Jacobs (2003), por exemplo, questionou o modernismo no início dos anos 60, ressaltando a idéia de rua como espaço do encontro e da diversidade e não apenas de circulação, como a viam os urbanistas modernos, a exemplo daqueles que projetaram Brasília. Jane Jacobs também lembrou a todos que uma rua segura não é aquela que está cheia de muros e grades, mas a que está cheia de gente, perto o suficiente para escutar o que ali acontece.
É a partir dessa idéia da rua como um possível espaço de trocas culturais que se intenta analisar suas configurações presentes em diferentes momentos da narrativa urbana brasileira.
Por isso mesmo, além dos conceitos de passagens e de rua, buscam-se, como conceitos mediadores, aqueles de espaço público, transculturação e multiculturalismo, sempre associados à questão da pobreza ou da exclusão social. A imagem da rua como espaço físico-geográfico e político-social será ainda alargada para o exame da construção da própria história da literatura brasileira como uma possível via (ou vias) de circulação de textos diversos, levando em conta seu contexto de enunciação e recepção. Explique-se: será examinado o tratamento que a história da literatura dá às obras analisadas com as possíveis referências à rua como espaço público de intervenção política e social.
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Literatura comparada e polis: rotas alternativas
Pesquisadora: Ivete Lara Camargos Walty
Participantes: Bruno Henrique M. Souza (PUC Minas - mestrando)
Bruno de Almeida Amorim (PUC Minas - graduando)
Luiz Felipe P. da Silva (PUC Minas - graduando)
Maria do Carmo Oliveira Moreira dos Santos (PUC Minas - doutoranda)
Maria Helena Rocha
Raquel Beatriz Junqueira Guimarães (PUC Minas)
Raquel Solange Pinto (PUC Minas - doutoranda)
Valéria Aparecida de S. Machado (PUC Minas - doutoranda)
Valéria Soares Coelho (PUC Minas - doutoranda)
Vinicius Lourenço Linhares (PUC Minas - mestrando)
Resumo: Voltando-se para o trajeto até agora construído com o desenvolvimento dos projetos anteriores que versam sobre a produção cultural relativa à população de rua de grandes cidades, o presente projeto, com o escopo basicamente teórico, tem como objetivo geral investigar no âmbito dos estudos da Literatura Comparada os lugares enunciativos ocupados por aqueles que versam sobre a produção cultural dada como informal ou alternativa, considerando seus sujeitos e objetos, seus métodos e posturas. Para tal, propõe-se como objetivos específicos: 1. Selecionar em revistas e anais de congressos organizados por associações de Literatura Comparada do Brasil (e do Canadá) , entre 1990 e 2010, ensaios que tenham como objeto a produção cultural de segmentos sociais dados como marginais ou excluídos; 2. analisar estes ensaios, observando os lugares de enunciação aí compreendidos, tomando como referência as relações de intersubjetividade; 3. verificar que subsídios teóricos sustentam a reflexão empreendida: vertentes culturais, estéticas, políticas, lingüísticas, sociológicas e/ou antropológicas; 4. verificar especialmente os conceitos de cânone e valor em sua relação com a estética e com o mercado; 5. elaborar uma reflexão teórica sobre o lugar da produção cultural de grupos excluídos socialmente no seio dos estudos de Literatura Comparada, a partir dos dados colhidos e de sua sustentação teórico-metodológica.
[Texto completo PDF] [Diretório CNPQ] [Diretório PUC MG]